Baixos
salários, condições de trabalho precárias, falta de recursos didáticos, poucas
chances de especialização e desmotivação dos alunos em sala de aula. Esse é o
cenário do sistema educacional brasileiro e alguns dos obstáculos enfrentados
por Fabíola Cristina de Albuquerque que, há cinco anos, leciona para turmas do
ensino médio na rede pública de educação.
Fabíola faz parte de uma categoria que tem a missão de formar os futuros médicos, advogados, engenheiros, jornalistas, mas que não recebe o devido reconhecimento e diante de tantas dificuldades, acaba muitas vezes desmotivada. Para ela “a área da educação é muito atraente, mas o principal desafio é conseguir a atenção dos alunos durante as aulas, já que a estrutura escolar é péssima e a conversa com o colega ou as redes sociais parecem mais divertidas que o conteúdo estudado”.
Fabíola faz parte de uma categoria que tem a missão de formar os futuros médicos, advogados, engenheiros, jornalistas, mas que não recebe o devido reconhecimento e diante de tantas dificuldades, acaba muitas vezes desmotivada. Para ela “a área da educação é muito atraente, mas o principal desafio é conseguir a atenção dos alunos durante as aulas, já que a estrutura escolar é péssima e a conversa com o colega ou as redes sociais parecem mais divertidas que o conteúdo estudado”.
Assim
sendo, a probabilidade de se formar cidadãos desestimulados em seguir a vida
acadêmica é cada vez maior e desencadeia outra discussão:muitos alunos se
sentem atraídos por graduações que possibilitam no futuro melhor estabilidade
financeira mas, por conta da deficiência do ensino que receberam e a alta
concorrência desses cursos, acabam optando pela licenciatura.
Raylson
Bernardo, aluno do curso de licenciatura em matemática da Universidade Estadual
da Paraíba, escolheu a área por gostar muito da disciplina, mas diz que
refletiu bastante a respeito das dificuldades enfrentadas pelos educadores e se
teria recursos financeiros suficientes para manter-se. “Pensei muito se a vida
de professor iria me oferecer estabilidade, então como o que gosto é de
matemática decidi tentar”. Ele espera que, quando se formar, as escolas tenham mais
estrutura física que possibilitem o seu trabalho com os números.
De
acordo com Ada Guedes, professora do curso de Comunicação Social também da UEPB,
a realidade vivida por jovens como Raylson é consequência de “um sistema
educacional frágil, com sérias lacunas na educação de base, que não valoriza
seus profissionais e não dispõe de recursos que facilitem o trabalho do
professor ou o aprendizado do aluno”.Ela observa que melhorias na educação só
serão possíveis através de investimentos, por parte das autoridades,tanto nas
estruturas físicas quanto na metodologia adotada atualmente e na capacitação
dos profissionais.
Nesse contexto de impotência educacional do país, Ada coloca as novas tecnologias como uma
Esperando que medidas eficazes sejam implantadas, professores como Fabíola dão o máximo de si mesmos diariamente para a formação de cidadãos conscientes, e alunos como Raylson buscam caminhos que os levem a um futuro promissor.
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