quarta-feira, 30 de julho de 2014

A Tradição das feiras livres

 Texto: Cecy Macêdo


Frutas da tradicional Arcca Catedral
Apesar da expansão dos mercados de médio e grande porte, que dinamizam a economia e o comercio de Campina Grande, as tradicionais feiras livres da cidade resistem significantemente a essa expansão, movimentando a economia e trazendo consigo a cultura agrícola, que é uma das principais atividades econômicas da região.
Há 12 anos a Arcca Titão e a Arcca Catedral, uma das maiores feiras livres da cidade, conta com produtos da atividade agrícola familiar advinda do Brejo paraibano. As Arccas, localizadas no centro de Campina Grande, surgiram com o incentivo da prefeitura para tirar os ambulantes das calçadas e aloja-los em um local fixo.
 Segundo AlcindorVilarin, presidente da Agência Municipal de Desenvolvimento (AMDE), órgão responsável pelas Arccas, os comerciantes pagam taxa de condomínio para manter os gastos do local. Já este ano foi feita uma reforma nos banheiros da Arcca Catedral e há projetos para construir um segundo piso para alojar novos comerciantes. Para o presidente as feiras livres não sofrem impactos quanto aos mercados, pois elas fazem parte da cultura da população.
Feirantes e comerciantes da Arcca Titão
“Aqui [na ArccaTitão] são 81 comerciantes, mas apenas 25 são associados, pois eles não têm interesse, e é porque temos convênios médicos. Quando encaminhados pela associação eles ganham de 30% á 40% de desconto nas consultas, fora outros benefícios”, afirma Zaquel de Oliveira, presidente da Associação dos Comerciantes da Arcca Titão. Conforme o presidente, as maiores dificuldades encontradas por eles é a estrutural, a cobertura e a revitalização.
De acordo com Gabriel Medeiros, comerciante da Arcca Catedral há cinco anos, os lugares de comercialização são demarcados e os preços dos produtos são iguais em todas as bancas. O comerciante afirma, assim como o senhor Zaquel de Oliveira, que o maior problema enfrentado por eles é a estrutura do local e acrescentou a falta de segurança no local.
Dona Maria de Lourdes de 63 anos, conta que, vim de Lagoa Seca, cidade onde mora, para Campina Grande comprar verduras e frutas nas feiras livres é uma tradição familiar. “Os produtos daqui [da Arcca Catedral] são melhores e mais baratos do que as verduras e frutas do mercado, e eu me sinto mais a vontade para escolher” afirma à senhora. 

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