sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Abandono de animais em Campina Grande

Texto / Fotos: Débora Marx

Quando um cachorro ou gato aparece em filmes, livros ou seriados a procura por sua raça aumenta consideravelmente, inúmeras pessoas movidas por impulso acabam comprando e levando pra casa os filhotes, que com o passar do tempo exigem certos cuidados. O dono, percebendo o tempo e o dinheiro que precisam direcionar ao animal, quase sempre, o abandona.


Seja levado por isso ou por milhares de outros motivos, o fato é que a cada dia o número de animais abandonados cresce, e brevemente as cidades, assim como Campina Grande, não terão estrutura pra comportar o numero de bichos vagando sem rumo, muitas vezes machucados, com fome e sede.

Segundo Selma Pinheiro, responsável pela ONG Adota Campina, em alguns bairros periféricos da cidade, o número de animais abandonados é tão alto que chega a prejudicar a população da localidade. Sem nenhuma ajuda de custo a ONG mantém 40 animais entre cachorros e gatos, com um gasto mensal de aproximadamente R$: 3.000.   


Assim como na Adota Campina, o Centro de Zoonoses também não possui estrutura para receber mais bichos. Com capacidade para suportar 90 animais o Centro já conta com uma população de 425, incluindo animais de grande porte como jegues e cavalos que para Rossandra Oliveira, coordenadora do local, colocam a população em risco se não forem recolhidos das BR’s e vias, pois podem causar acidentes graves no trânsito.

Ao chegar a um desses dois pontos os bichos passam por uma triagem e pelos cuidados necessários, responsabilidade que fica a cargo de um médico veterinário. Depois seguem para a adoção; ponto de extrema dificuldade, pois as pessoas, segundo Rossandra, tendem a optar por filhotes, dificultando a saída dos cães e gatos. 

Como solução, Selma Pinheiro frisa: “Carrocinha e eutanásia não são alternativas”, para ela, a prefeitura municipal tem verba suficiente destinada a essa causa e podia iniciar a aplicação dos recursos com medidas como o oferecimento de castrações gratuitas e campanhas de conscientização sobre as consequências de abandonar um animal na rua.

“Quem procura carinho e companhia não se interessa por raça ou pedigree! Você vai lá, tira o animal da rua, e lhe dá um lar, em troca ele te presenteia com o próprio coração. Isso é um gesto tão bonito e sincero que não dá pra descrever. No fim todos ganham inclusive a cidade!” diz Maria José Santos, 38 anos, moradora do bairro do Santo Antônio, e dona de três cãezinhos que achou da rua.

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